A função deste Blog?

Contrarrestar a mídia globalizada, difundindo o fato para lugares onde não chega essa informação de forma convencional, mostrando um ponto de vista critico e apegado à verdade dos fatos e da realidade vivida pelas pessoas que os protagonizam. De essa forma expor ás pessoas aos acontecimentos e além de noticiar o fato, criar uma reflexão critica e um aprendizado.
Declaro uma guerra direta e aberta ao Alienado e ao Facilista...

sábado, 5 de julho de 2008

A Mão que Liberta não pode ser a mão que Escraviza (Parte II)

Depois de me desligar da ocupação, voltei para casa, onde tive o luxo de comer e dormir quente num colchão. O dia seguinte começava com tudo. As 11h o CEP (cordão de estudantes de Peñalolen), com a maioria dos que estavam na ‘okupa’ da escola, faria uma Intervenção Cultural, que usa a arte em todas as suas formas para se expressar o protesto: uma arte subversiva e marginada (o chamado Terrorismo Poético pelos anarquistas) que propõe uma mudança na cotidianidade do ser humano urbano e assim ‘acordá-lo’.
Mas nessa mesma hora acontecia uma votação que decidiria se a ocupação da escola continuava ou não embora estivesse combinado às 16h com os da ‘okupa’ então quem estava na intervenção não conseguiu votar. Essa mudança foi a primeira de muitas que acabaram mostrando uma manipulação organizada pela diretoria para desfazer a ocupação. O resultado logicamente foi favorável a volta ás aulas, mas a mudança de horário jogou contra a diretoria. Um 43% dos alunos votaram, o que pelas regras invalidaria a votação, como deveria ter acontecido com a proposta da escola no dia 25.

(Uma aluna que chagava da Intervenção olha a desocupação)


Após a divulgação do resultado da votação, se reuniu a assembléia de estudantes para decidir se aceitava o resultado da votação a ocupação terminava. Para não cometer de novo os mesmos erros, a assembléia decidiu não aceitar a votação e continuar com a ocupação.
Mas quando o resultado foi comunicado aos professores, eles ignoraram a decisão da assembléia e a invalidez da votação, comunicaram que a ocupação tinha que acabar e começaram a tirar as cadeiras da barricada. Nesse momento eu não sabia com certeza quanto da escola tinha votado, e ao perguntar a coordenadora ela me garantiu que mais do 60% da escola tinha votado, mas o fato era outro.

(Os professores tirando as cadeiras da barricada)


Acabava assim a ocupação, mas pela forma que terminou, radicalizou tanto a diretoria quanto os alunos mobilizados e a convivência dentro da escola tem sido num ambiente de tensão senão de hostilidade.
Mas os frutos da ocupação seriam outros, sexta-feira seguinte a comissão de arte fez uma Intervenção Artística num dos pontos mais emblemáticos do centro, a Praça Itália, e logo após em frente a uma subprefeitura onde se juntou um grupo de estudantes da escola “Manuel de Salas”, que estiveram em ocupação por mais de 1 mês.

(A Intervenção de sexta-feira na praça Itália)


Esta semana TEORICAMENTE foi uma semana onde as mobilizações em marchas diminuiriam para que os cordões e demais agrupações destinassem seu tempo para criar mais coordenação e planejamento para a semana que vem, onde uma marcha se juntara na Praça Itália vindos de 4 pontos estratégicos de Santiago. Além disso aconteceu um Referendo coordenado pelas varias organizações da educação onde a população conseguiu expor o seu parecer sob o dever do estado na educação, o lucro, a administração e o projeto de lei.


Critilo²

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