Não é necessário explicar que estamos numa crise econômica. 2009 é um ano onde cada ser humano tem essa consciência, sabe que o capitalismo neoliberal esta aos pedaços. As falácias, ou pelo menos, os efeitos deste sistema estão expostas e a vista de todos nos.
Se o mercado, que é livre, se assusta com este ano, Que será dos seres humanos presos pela subnutrição, a desigualdade ou presos simplesmente por ter consciência do momento em que vivemos e exigem o “livre pensamento e caminhar”?
A bolha explodiu. Com o nascimento deste ano e o surgimento do que chamo a “geração do 9”, podemos falar de fatos e datas, nomes e mortos.
Grécia, o berço da filosofia, da democracia e a mãe do ocidente, ardeu em chamas após o assassinato dum jovem de 16 anos que se manifestava contra um governo corrupto que ao ignorar a historia, marginaliza seu povo e assassina quem tenta quebrar os círculos de elite.
Nos EUA, a esperança ganhou as eleições porque o resto estava morto, morrereu no 11-S, depois em Afeganistão, seguindo no Iraque e finalmente em Wallstreet. Essa felicidade e esperança se transformam em desemprego e insatisfação num estado em falência. A falácia duma democracia é evidente quando governos liberais apóiam planos econômicos de bilhões para salvar os bancos (que tem uma boa parte da culpa desta crise) e se esquece do valor humano (se é que alguma vez foi considerado) e nem se fale do demais que esta vivo, a natureza.
O estado se marginaliza ele mesmo protegendo-se de suas conseqüências com cordões policiais, escondendo com nuvens de lacrimogêneo suas instituições em ‘crack’.
O capital estava muito livre e fugiu, enquanto se aperta o cinto do cidadão, mas também a corda ao redor do pescoço do estado.
Faltará pouco para que atacar a infraestrutura seja suficiente para acabar com toda uma instituição.
Critilo²
domingo, 12 de abril de 2009
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